quarta-feira, 2 de junho de 2010

Homossexualidades,homofobia e tentativas de suicídio em adolescentes LGBT



Fernando Silva Teixeira-Filho2; Carina Alexandra Rondini Marretto

Introdução
Os estudos sobre as homossexualidades não desconsideram as implicações da homofobia
na construção das identidades de gênero4 e sua relação com os pensamentos e tentativas de suicídio entre adolescentes ditos lésbica, gay, bissexual, travesti, transexual ou transgêneros (LBGT).
A histórica naturalização da heterossexualidade como referência à normalidade do comportamento e identidade sexual, também conhecida como heteronormatividade (BUTLER,
20003; RICH, 1999), favorece a emergência e reforça as relações machistas entre os gêneros
(WELZER-LANG, 2001). Segundo Castañeda (2006, p. 18), o machismo “pode ser definido como
um conjunto de crenças, atitudes e condutas que repousam sobre duas idéias básicas: por um lado, a polarização dos sexos, isto é, uma contraposição do masculino e do feminino segundo a qual são não apenas diferentes, mas mutuamente excludentes; por outro, a superioridade do masculino nas áreas que os homens consideram importantes. Assim, o machismo engloba uma série de definições sobre o que significa ser homem e ser mulher, bem como toda uma forma de vida baseada nele”.
Tal superioridade é o que legitima a violência contra a mulher e/ou ao feminino que se atualiza no corpo masculino (ARILHA, 1998; BALDERSTON, 1997; CÁCERES et al, 2002; CECCHETTO, 2004; KIMMEL, 1998). Desses dois processos derivam, portanto, os processos de estigmatização em relação às identidades ditas não heterossexuais, que aqui chamaremos de homofobia.
Por homofobia5, entendemos o descrédito, a opressão, a violência em relação aos homossexuais ou àqueles que são presumidos serem (BORRILLO, 2000; ERIBON &
HABOURY,2003).
A homofobia pode se manifestar tanto a partir da própria pessoa homossexual em relação a si própria, às outras pessoas homossexuais ou a tudo que fizer referência à homossexualidade em si ou nos outros, como também poderá partir de pessoas não homossexuais em relação à pessoa homossexual ou a tudo aquilo que remeta à homossexualidade (ERIBON,
1999)6.
A homofobia aparece como uma defesa psíquica e social que visa afastar todo e qualquer
questionamento ou desestabilização da heteronormatividade, fundando, assim, bases para a
construção do masculino (CONNELL, 1995; 1997; 1998) e opressão, rejeição e exclusão à tudo que diverge à essa normativa. Por força da quantidade e qualidade desta opressão, aqueles ou aquelas que enfrentam o heterosexismo/machismo, em geral, são oprimidos, rejeitados e excluídos de muitos direitos e, ao que parece, quando se trata de enfrentar essa opressão na adolescência, em muitos casos, os efeitos podem ser o aparecimento de pensamentos e tentativas de suicídio (D’AUGELLI, 2001 et al; STURBIN, 1998; SAVIN-WILLIANS, 2005).
A partir dessas conseqüências, nós nos perguntamos se o adolescente homossexual está
mais ou menos vulnerável comparativamente ao adolescente heterossexual em relação ao risco de suicídio? Esse projeto foi desenvolvido, portanto, na tentativa de responder a essa questão.
População-alvo Os dados aqui apresentados dizem respeito ao estudo piloto realizado em 14 de maio de 2008 em uma escola pública de Ensino Fundamental e Médio de uma cidade do interior do Oeste Paulista (Ourinhos). O projeto foi aprovado junto ao Comitê de Ética em Pesquisa da UNESP, Campus de Assis e está em acordo com as normas da resolução 196/96 do CONEP/MS.
Participaram do estudo, 108 estudantes, sendo 52 (48%) do sexo masculino e 55 (51%) do
sexo feminino. A todos/as solicitamos o preenchimento de um questionário anônimo contendo 140 questões. Apenas o questionário de um participante, do sexo masculino foi desprezado, pois o mesmo não o preencheu completamente. Dentre os questionários válidos, 99 (91,7%) dos
respondentes se declararam heterossexuais, sendo que 1 (0.92%) se declarou gay, 1 (0.92%) disse ser lésbica, 2 (1.85%) recusaram-se a se definir, 2 (1.85%) disseram não saber; e 2 (1.85%)
assinalaram “outras”7.
Por se tratar de um estudo que necessita de respondentes LGBT para responder à sua
hipótese inicial, imaginamos que precisássemos de mais questionários para o estudo piloto.
Entretanto, como apontam alguns estudos (TAQUETTE et al, 2005; REMAFEDI, 1995, 1998;
SAVIN-WILLIAMS, 2005) revelar ter tido práticas homoeróticas, ainda que por questionário
anônimo, é fator inibidor. Autores como Verdier & Firdion (2003), Warren J. Blumenfeld8 e
Castañeda (2007, p.91) apontam que a opressão homofóbica impede que os jovens LGBT (e as
pessoas ao seu redor) realizem o “luto da heterossexualidade” não alcançada. Nesse caso, portanto, a pouca presença de jovens que se afirmaram LGBT na coleta de dados, talvez se explique também porque alguns deles ainda estejam a fazer o luto da heterossexualidade, pois sabemos que nem a orientação homossexual e nem a identidade de gênero LGBT são aceitas socialmente e, nesse caso, os(as) adolescentes homossexuais são forçados a serem invisíveis nos espaços que circulam (COSTA, 1992, 1998; CLAUZARD, 2002): a escola, a família, os clubes recreativos etc. e, portanto, o(a) adolescente LGBT, em muitos casos, fingem ser o que não são para serem aceitos 3 (CASTAÑEDA, 2007, pp.91-92). Por conta disso, portanto, segundo essa autora (2007, p. 83), o processo de “tomada de consciência/construção” da identidade gay dura, em média, aproximadamente quinze anos desde a descoberta dos desejos homoeróticos que ocorrem por volta dos treze anos de idade. Todavia, é claro, ressaltamos que para se realizar afirmações com maior segurança, seria necessário no mínimo que, dentre os 108 participantes, tivéssemos tido, pelo menos, a presença de 6 respondentes assumidamente LGBT, o que nos daria uma margem de 6% e isso nos deixaria em acordo com os recentes estudos sobre essa população (BARBOSA & KOYAMA, 2006), que
questionam os índices conseguidos por Kinsey em 1945 de 10%. De todo o modo, para fins dos
objetivos específicos desse estudo, o quantitativo alcançado pelo estudo piloto será suficiente para respondermos a alguns deles. Relação entre homofobia e suicídio
Baseando-se em diversas pesquisas sobre suicídio no mundo, ARENALES et al (2005),
apontam que entre os/as adolescentes as taxas de suicídio nesse grupo triplicaram entre os anos 50 e os anos 80, estabilizando-se em seguida. Nessa pesquisa os autores apontam ainda que nos Estados Unidos o suicídio é a 3ª causa de morte dos indivíduos entre 15 e 24 anos. Já no Brasil, de 26 a 30% dos suicídios ocorrem em indivíduos de até 24 anos. A pesquisa realizada por SOUZA et al. (2002) nas capitais das nove regiões metropolitanas brasileiras aponta o suicídio como a 6ª causa entre os óbitos de jovens de 15 a 24 anos.
ZWAHR-CASTRO (2005) destaca que os pensamentos sobre suicídio são ainda mais
comuns (especialmente entre pessoas do sexo feminino), do que as tentativas ou os suicídios bem
sucedidos, cujos índices mais elevados encontram-se junto aos homens (86% em homens de 15 a 24 anos de idade). Essa pesquisa indica que entre 19 e 54% dos jovens americanos já consideraram o suicídio, e que de 3 a 4% pensaram em cometer suicídio na semana anterior. Felizmente, menos de 25% dos adolescentes que consideram o suicídio o tentaram.
No que tange à orientação sexual, inúmeros estudos mostram que a taxa de suicídios é
elevada entre os adolescentes LGBT (O’CONOR, 1995; REMAFEDI, 1991; 1995). Nos Estados
Unidos, os jovens homossexuais (de ambos os sexos) representam um terço de todos os suicídios
juvenis (enquanto os homossexuais constituem no máximo 5 ou 6% da população). Dados de 2001 apontam que o suicídio é a 11ª causa do ranking de mortes nos Estados Unidos, mas a terceira causa de morte entre jovens das idades entre 15 a 24 anos (RUSSELL. & JOYNER, 2001). Nessa pesquisa, os/as estudantes homossexuais e bissexuais compreendiam 4,5 a 9% do total entre 4 alunos/as de ensino médio (high school). O relatório da Secretaria da Força Tarefa (GIBSON, 1989) do suicídio juvenil do Governo dos Estados Unidos, revelou que os jovens gays são de duas a três vezes mais propensos a tentar o suicídio comparativamente aos jovens heterossexuais e compreendem o total de 30% anual de suicídios juvenis. Utilizando-se de uma amostra de 4.159 estudantes do 9º ao 12º ciclos por amostragem ao acaso no Estado de Massachusetts, GAROFALO et al (1998), tomou uma grande amostra de 104 estudantes que se identificaram como gays, lésbicas, ou bissexuais, representando, portanto, 2,5% da população. Nesse estudo, houve uma diferença estatística significante entre a porcentagem de tentativas de suicídio feitas pelos estudantes LGBT: 35,3%, e os estudantes heterossexuais, 9,9%. TAMAM et AL (2001) confirmam essa tendência (3:1) apontando que o suicídio entre homossexuais, particularmente entre adolescentes e jovens adultos, tem sido considerado alto nos últimos 25 anos. O Psicosite 9 relata uma pesquisa que se utilizou de uma amostra composta por 103 pares de irmãos gêmeos do sexo masculino. Foram investigados quatro fatores de risco ao suicídio: pensamentos sobre a própria morte, desejo de morrer, pensamentos sobre cometer suicídio e tentativa de suicídio. O artigo conclui dizendo que a orientação homossexual está significativamente relacionada aos sintomas ligados ao suicídio, em comparação com os irmãos heterossexuais, constatando um aumento significativo do risco de suicídio entre os homossexuais masculinos, independente do uso abusivo de substâncias psicoativas e outros transtornos psiquiátricos. Em nosso estudo, apenas 4 (3.70%) dentre os 108 participantes não responderam à questão 78 que interroga sobre já ter pensado em se matar. Entretanto, dos respondentes, temos o dado de que 25 (24%) já pensaram em se matar. Dentre esses, 6 (24%) ainda pensam em se matar e 17 (65%) já não pensam mais (2 não responderam). Dentre os que já pensaram em se matar (N=25), temos que 8 (32%) já tentaram e 16 (64%) nunca tentaram. Entre os 8 (32% em 25) que já pensaram e tentaram se matar, 2 (25 %) são do sexo masculino e 6 (75%) do sexo feminino. E, dentre eles, 7 (87,5%) se definiram heterossexuais e 1 (12,5%) “outras”.
Nesse caso, como nos estudos citados, as adolescentes do sexo feminino foram as que
mais pensaram e tentaram se matar, tendo todas, entretanto, se auto-definido heterossexuais.
Conclusão Embora nossos dados, até o momento, não nos permitam concluir sobre a relação entre homofobia vivida por adolescentes LGBT e pensamentos e tentativas de suicídio, eles apontam para um sério problema que é o alto índice desse fenômeno entre a população de jovens que se dizem heterossexuais. Diferentemente dos estudos empreendidos no exterior, encontramos que é 5 significativo o número de casos de jovens heterossexuais que já pensaram e tentaram atentar contra a própria vida. O estudo, infelizmente, não nos permite perceber a quê esse comportamento estaria relacionado. Novos estudos precisariam ser desenvolvidos na tentativa de verificarmos as relações aí contidas. De qualquer modo, a pesquisa segue seu curso e a próxima amostra prevê a participação de 6.000 adolescentes.
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2005.
Notas de fim
1 Colaboradoras/es: Arilda Inês Miranda Ribeiro; Maria Laura Nogueira Pires; Fernando Seffner; Stella Regina
Taquette; Moisés Alessandro de Souza Lopes; Élcio Nogueira dos Santos; Regina Facchini; Luiz Ramires Neto; Lívia
Gonsalves Toledo.
2 Coordenador da pesquisa – Prof. Assistente Doutor junto ao Departamento de Psicologia Clínica da UNESP, Assis,
SP
3 Vice-coordenadora da pesquisa – Profa. Assistente Doutora junto ao Departamento de Psicologia Experimental e do
Trabalho da UNESP, Assis, SP
4 Para fins deste projeto entendemos gênero como a manifestação social do sexo biológico, englobando, portanto, os
papéis sexuais (o que se espera socialmente de homens e mulheres) e as identidades sexuais (os processos de assumpção
política e psíquica de uma identidade social para nomear a orientação do desejo dentro do repertório disponível no
contexto social e histórico no qual o indivíduo está inserido). Cf. RAGO, Margareth (1998). Descobrindo
historicamente o gênero. Cadernos Pagu. Trajetórias do gênero, masculinidades. Pagu – Núcleo de Estudos de Gênero.
Unicamp: Campinas, 11.
8
5 Segundo Louis-George Tin (Dictionnaire de l’homophobie. Paris : PUF, 2003), o termo aparece pela primeira vez já
nos anos 60, mas oficialmente, foi empregado pelo psicólogo K. T. SMITH em 1971 em seu artigo “Homophobia: A
tentative personality profile” (Psychological report, n. 29, 1971). Desde então, esse conceito é empregado para
significar um processo específico de violência física, simbólica ou social contra as pessoas homossexuais masculinas,
femininas, travestis, transexuais e transgêneros.
6 Na I Conferência Nacional LGBT, ocorrida de 05 a 08 de julho de 2008, representantes do movimento LGBT
brasileiro problematizaram a utilização do conceito homofobia acreditando que o mesmo não dê conta das
especificidades de violência que cada identidade de gênero sofre. Nesse sentido, têm preferido utilizar os conceitos de
gayfobia, lesbofobia e transfobia (que engloba a violência sofrida por travestis, transexuais e transgêneros). Nesse caso,
como aponta Carmen Luiz, da Liga Brasileira de Lésbicas, uma mulher lésbica é “penalizada duplamente”: por ser
mulher e por ser lésbica, diferentemente de um homem gay que não sofre por ser homem, mas por ser gay (Cf.
http://video.google.com/videoplay?docid=-7379063015842645906&hl=en).
7 As duas opções assinaladas como “outras” foram de um menino que escreveu “eu sou homem” e uma menina que
escreveu “feminino”. Disso, podemos inferir que ambos não compreenderam a questão.
8 Retirado da Internet: http://homofobia.com.sapo.pt/internalizada.html . Traduzido de “Internalized homophobia: from
denial to action – An Interactive workshop”. Consulta realizada em 6 de julho de 2005.
9 Dados retirados da Internet em 25 de junho de 2005, no site: http://www.psicosite.com.br/tex/out/out034.htm. Última
Atualização 14-10-2004. Referência Biblio.: Arch Gen psychiatry 1999; 56: 867-874.

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