sexta-feira, 11 de junho de 2010

Comportamento suicida Infantil

Durante o período da separação dos pais, uma criança de 5 anos começou a se mostrar excessivamente irritada em sala de aula e em casa. Ela revelava desinteresse total por tarefas escolares e chorava toda vez que era deixada na escola. Sob forte estresse, ela tentou suicídio: ameaçou pular do quinto andar do prédio onde mora, mas foi contida a tempo pela babá. A história assustadora foi um dos relatos ouvidos pelo psicólogo e educador Wagner Bandeira Andriola que, entre 1996 e 1997, avaliou 345 alunos de pré-escola de Fortaleza (CE) com idade média de 5,6 anos. Ele avaliou que 3,9% deles apresentavam grandes chances de desenvolver depressão infantil. “Ela se dá pela exposição precoce da criança a situações de elevado estresse, tais como a separação brusca dos pais, a mudança repentina de cidade ou de bairro, a perda de um ente querido da família ou muito próximo a esta, a pouca interação entre pais e criança e a dinâmica familiar do trabalho excessivo, resultado da ausência ou distanciamento dos pais em relação à criança. E há ainda o lado biológico, pois pode haver uma predisposição genética”, explica. Segundo ele, não há uma idade a partir da qual surgem os sintomas da depressão infantil, mas existem relatos do transtorno em crianças de cerca de 2 anos.

Um comentário:

  1. o grande problema da depressão infantil é que a grande maioria das vezes passa despercebido! os pais acham que é manha, que quer chamar atenção...

    Vivi isso, e hoje com 24 anos ainda me trato (descobri a depressão na adolescencia)...

    Muito interessante esse post!

    Muito bom o blog!

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